Como jornalistas veteranos estão se reinventando no digital.
Você já parou para refletir e perceber o quanto a evolução da tecnologia impacta os nossos meios de comunicação?
É de extrema importância entender as transformações do jornalismo nessa era digital, não somente para os profissionais, mas também para todos aqueles que se interessam pela verdade e coerência da comunicação.
O cenário do jornalismo, que antes era amplamente controlado por jornais impressos, revistas e transmissões de TV, agora se expandiu para um ecossistema digital vasto e diversificado. A internet proporcionou um acesso mais amplo à informação mudando profundamente a forma como os jornalistas atuam.
A distribuição de jornais impressos no Brasil tem apresentado declínio, e o setor enfrenta dificuldades em relação à diminuição da procura. De acordo com o IVC (Instituto Verificador de Comunicação), em dezembro de 2024 o jornal O Globo teve uma queda de 7,6% na circulação da sua versão impressa. Isso mostra que, esse declínio reflete a grande transição para o meio digital e a crise econômica enfrentada pelo setor.
A transição do jornal impresso para o digital teve início na década de 1990. Os profissionais de comunicação começaram a produzir seus trabalhos de forma mais rápida, conseguindo editar e publicar em tempo real os seus trabalhos. Esse fenômeno é chamado de Ciberjornalismo, onde são introduzidos diversos tipos de conteúdo em formato de áudios, vídeos e gráficos interativos, e as plataformas de notícias começam a adaptar os conteúdos de acordo com os interesses individuais de seus leitores. Os jornalistas, por necessidade da geração, migraram para o multimídia, com a produção dos conteúdos digitais e web interação com o público.
Essa transição influenciou fortemente a forma como consumimos as informações, além de ter desencadeado diversos desafios, entre eles as famosas fake news, que gera o grande poder de se espalhar com rapidez através das plataformas. Um outro exemplo de desafio que pode ser citado acerca desse fenômeno, é o fato de que qualquer indivíduo, sem a necessidade de uma formação jornalística ou instituição de confiança, pode criar e compartilhar conteúdos, incluindo entre eles, as notícias falsas.
A adaptação dos profissionais de comunicação ao ciberjornalismo e conteúdos digitais é essencial para a permanência da veracidade e coerência na comunicação. Entretanto, o futuro do jornalismo passa por uma linha tênue entre inovação tecnológica e a preservação dos princípios éticos e jornalísticos.
Por: Carol Souto
Revisão: M. Eduarda Barboza