No instante em que o som do apito ressoa, o estádio pulsa com força. Dentro de campo, os atletas de cada equipe carregam algo maior que a necessidade de vencer; eles representam o orgulho de milhares de torcedores. Nas arquibancadas, uma única meta: dar força ao time durante todo o jogo. Este é o Derby Paulista, um dos maiores e mais antigos confrontos do futebol no Brasil.
É mais do que um simples jogo; é parte de uma rivalidade que ultrapassa um século. O clássico entre Corinthians e Palmeiras surgiu em 1917 e, desde então, cada lance tem a chance de se tornar icônico, e cada gol pode ser recordado para sempre. A pressão se sente em cada dividida, em cada jogada disputada com afinco. Este embate vai além da tabela e se transforma em uma batalha de honra, cultura e paixão.
Para os torcedores, o clássico começa muito antes, em debates intensos, provocações e naquela ansiedade que preenche cada momento. No dia do jogo, o coração dispara, a agitação toma conta e o espírito de equipe aparece. Se a vitória chega, é festa, é comemoração, é hora de inflar o peito e celebrar com tudo. Se a derrota aparece, é um baque, um silêncio chato que só sumirá no próximo jogo.
O Derby Paulista já teve ídolos importantes ao longo do tempo. Craques como o doutor Sócrates, São Marcos, Rivellino o reizinho do parque e Evair o matador marcaram suas histórias através de atuações geniais em duelos memoráveis. Entre os momentos notáveis, estão as decisões do Campeonato Paulista de 1993, vencida pelo Palmeiras, e a do Campeonato Brasileiro de 1999, com vitória do Corinthians.
O clássico paulista é entrega, é raça, é paixão à flor da pele. É um sentimento que não cabe em palavras, apenas se sente. Cada edição do Derby Paulista exalta a beleza do futebol do Brasil e o quanto este confronto faz parte da essência dos torcedores dos dois times.
Por: Isa Fernandes
Edição por: Luiza Corrêa